terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Quem quebrou a Lua?


“A bua! A bua quebada!” – exclama a criança apontando para o céu, referindo-se à lua no seu estágio minguante. “E quem quebrou a lua, bebê?” – pergunta um adulto motivando a continuidade daquela bizarrice – “Foi o Gabi (irmão)!”. Todos que presenciavam aquele diálogo caem na gargalhada e fazem parecer que é mesmo culpa do irmão o fato da lua não estar redondinha, como observado em outra ocasião pela criança. “Ah esse Gabi, teve que quebrar a lua, bebê?”
Embora todos ali presente tenham admirado a observação feita pela criança e aproveitado para ensinar (falaciosamente) que toda consequência tem uma causa  (nesse caso a causa foi o Gabi e a consequência foi o sumiço de parte da lua), raras vezes nos perguntamos sobre o que se passa na cabeça do aprendiz de mundo ao deparar-se com uma observação como essa. Conceitos como tabula-rasa (John Locke) e categorias a priori (I. Kant) foram utilizados para exemplificar teorias acerca do conhecimento humano, tentando desvendar o processo que, mesmo parecendo bizarro  para nós, adultos, é motivo de estupefação para uma criança, uma conquista, uma aventura.
Conhecer o mundo é novidade para o recém-nascido. Maravilhar-se com aquilo que o rodeia é comum até os anos da juventude, e torna-se mais raro na idade adulta. Digamos que nessa idade as capacidades cognitivas (infelizmente) já não sejam mais tão atraentes como ocupar-se e pré-ocupar-se com trabalhos e responsabilidades que necessitam demais da atenção das atividades cerebrais (eufemizando a ganância pelo dinheiro). Não que o conhecimento possa ser esgotado, mas a sensação de conhecer algo novo já não causa tanto entusiasmo como na criança que tem por única tarefa, ocupar-se de descobrir o mundo e exercitar sua reflexão sobre ele.
No exemplo da criança, acima citado, lembro da teoria de Jean Piaget, que aponta para a ausência da noção de profundidade nos infantes. Algo que para nós é tão banal, pode ser angustiante para uma criança. Imagine-se diante de uma pintura de paisagem (ou se possível, coloque-se diante de uma). Nessa pintura você enxerga o céu, as montanhas ao fundo, as árvores, um riacho provindo de uma distante cachoeira, as aves a voar sobre os montes, os gados logo ali na base da pintura junto ao estábulo. Tente tocar no céu da pintura. Tente tocar nas montanhas que estã lá no fundo, no céu, nas árvores, no riacho, na cachoeira, nos animais, no estábulo. Você consegue, não é mesmo? Para Piaget, colocar um bebê perante a paisagem inspiradora dessa pintura é o mesmo que colocar um adulto perante o desenho desta paisagem. É uma única imagem unidimensional, onde todas as coisas estão ligadas e desprovidas de individualidade. Ou seja, para a criança, é o quadro que existe. Logo ela estende a mão tentando tocar a imagem que lhe vem aos olhos, seja do gado que está logo ali, ou da ave que está voando sobre os montes. Essa falta de noção de profundidade creio que cause certo estresse para a criança no processo de aprendizagem. Se a coisa está ali, por quê que eu não posso tocá-la? O mundo seria muito mais simples de ser apreendido se não fosse tridimensional, mas quem sabe não seria tão empolgante, e quem sabe não teríamos desenvolvido tanto nossas habilidades sensoriais.
Para o bebê do exemplo, a lua é acessível, mas ele deve não entender o fato de ele não poder tocá-la. Os outros conseguem tocá-la, o Gabi mesmo conseguiu quebrar a bua. Nossa mente dá passos lentos mas grandiosos para chegarmos às noções dimensionais do mundo. Creio que as dimensões que comportam o apriorismo Kantiano sejam as tradicionais altura, comprimento e largura. Kant defende a ideia de que possuímos um conhecimento inato sobre o mundo. Na verdade não se trata de um conhecimento, mas uma potencialidade de conhecimento. Grosso modo, esse conhecimento apriorístico seria como que uma vasilha vazia em nosso cérebro, disposta a ser preenchida pelos nossos sentidos. Na medida em que experimentamos o mundo, vamos colocando conteúdo nestas vasilhas. Este conteúdo é o conhecimento que o alemão define como a posteriori. Não conseguir tocar a lua, é dar conteúdo à vasilha do conhecimento de mundo. É experimentar a sensação de distância. Logo mais tarde a criança vai aprender que teria de ter um braço com pouco mais de 360 mil quilômetros de comprimento para alcançar o astro. Ainda bem que quando descobrir isso não vai mais lembrar ter culpado seu irmão pelo sumiço de meia-lua: seria vergonhoso.
Os dois filósofos, Locke e Kant, limitam o conhecimento. Locke apresenta nossa capacidade cognitiva como uma folha branca. Pois bem, os espaços em branco podem esgotar-se com excessivo número de informações. Da mesma forma as categorias a priori de Kant limitam-nos a conhecer aquilo que por elas está pré-definido.
Sem nada concluir através desse simples esboço sobre o conhecimento para mera prática de estruturação textual, deixo aberto para reflexões e troca de ideias sobre a existência de realidades não cognicíveis a nós, seres humanos. Será que ainda existem no mundo coisas que nossos sentidos não evoluíram a ponto de apreendê-las?
Abraço a todos e obrigado pela leitura!

Reginaldo Pereira de Almeida
Florianópolis, 22 de janeiro de 2013.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Divulgando o que vale a pena ser divulgado!

Pra quem ainda não teve o privilégio de ouvir esse som, segue a indicação da Banda Mais Bonita da Cidade... olhaa eles vão longe. Música envolvente, daquelas que se grava a letra na primeira vez que se ouve. Vi a banda no Fantástico, que viu a banda se destacando no youtube, com mais de três milhões de visualizações na música Oração. É uma banda de Curitiba, mas olha só que interessante... o empurrão no sucesso deles se deu na nossa querida Rio Negro-PR, onde foi gravado este clipe da oração.
Aprecie música de qualidade, ajuda a harmonizar nossa vida. Aprecie a banda mais bonita da cidade.


Aqui o link para o clipe no Youtube http://www.youtube.com/watch?v=QW0i1U4u0KE


Boa música pra todos!!!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Agir pela lei ou pelo caráter?

Hamm!!!!! Esta semana rolou um assunto aqui em Joinville que até me deu náusea. Acontece que muitas pessoas esperam utopicamente um mundo melhor. Quando se fala em Brasil, traímos a esperança com a frase... “este país não tem mais jeito!” Tornamos os acontecimentos políticos determinantes para o progresso. Aí é claro, com a situação política de nosso país e com essa mentalidade centralizadamente politizada de uma sociedade melhor, perdemos a esperança e agimos como agiu a mídia aqui em Joinville.
Vamos ao motivo de minha indignação. Um cidadão joinvilense foi advertido por jogar um resto de cigarro na rua. Não é essa chamada de atenção que me deixou revolto, mas a forma como este cidadão e a mídia reagiram diante desta situação. Pra começar a guarda de transito estava apenas cumprindo o seu papel. Depois... não sei como pode alguém ter a cara de pau de jogar lixo em via publica e nem pesar a consciência. Mas a atitude do cidadão foi justificada, e olha como: nada a ver... trouxeram o prefeito e o aumento do IPTU na discussão para camuflar os minúsculos crimes cometidos pela população... as vezes me envergonho de ser um SER HUMANO. “Ahhh... a corrupção está a solta e ninguém fala nada, mas quando ‘a gente’ joga um lixinho no chão todas as leis possíveis caem em cima para punir!” Gente tola. Podemos então roubar, matar, desmatar, poluir... por que nossos líderes também fazem??? E a nossa participação na construção de uma sociedade solidária, honesta, justa??? O Brasil nunca vai mudar se esperarmos pelos lá de cima. Vamos fazer a nossa parte, olhar para nosso próprio umbigo e ver o que está errado a nossa volta. Vamos educar nossos filhos sob esta direção e quem sabe um dia eles sejam a salvação de nossa política futura.
É o problema da necessidade da lei. Por que queremos ser dependentes dela? Muitas pessoas deixam de fazer certas coisas, não por uma conduta moral, mas por que senão seriam punidas. Uso o cinto de segurança por que pode ter BLITZ (não pela possibilidade de um acidente), não agrido alguém por que posso ser condenado (e não por respeito ao próximo), não jogo lixo fora do lixeiro por que podem me multar (e não porque gosto de um ambiente limpo).
Não estou defendendo político nenhum, apenas criticando a falta de colaboração de ambas as partes: do povo e das autoridades. De que adianta investir o dinheiro dos impostos na limpeza da cidade se o cidadão pensar que pode poluir por estar pagando imposto?? Educação... cadê a educação deste povo??

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Presidiário: um cidadão?

Muito ouvimos falar sobre os direitos dos presidiários. Há entidades humanistas que enfatizam o valor da dignidade; há os discursos religiosos que pregam a igualdade sonhada pelos homens; mas como lidar com a situação dos direitos para todos na situação dos encarcerados, que lá estão por terem ferido a dignidade ou a liberdade de alguém?

A discussão que se desenvolve em torno do protesto de presidiários a favor de sua dignidade, vai além da forma de tratamento à qual estão eles submetidos. Tal discussão deve focar a finalidade do sistema prisional que parece ter perdido o controle sobre seus objetivos.

Há quem considere ainda nos tempos modernos (e não é a minoria) a antiga lei “olho por olho, dente por dente!”. Parece estar estagnada a evolução humana no quesito societário para dar margem ao crescente espírito individualista onde o que vale é o EU estar bem. A preocupação individual se disfarça numa medíocre legislação (que deveria favorecer o TODO) do “VIGIAR E PUNIR”, como diz Michel Foucault. Satisfazemo-nos em descobrir infratores e puni-los, sem considerar os condicionamentos sociais e psicológicos que formaram uma personalidade inapta ao convívio comunitário.

Infelizmente, por ocasião desta cultura construída, há grande dificuldade nos programas de inclusão social dos ex-detentos. O sistema prisional limita-se a punir. Eis a grande falha. É claro que nos sentiremos desconfortados com o protesto por dignidade de quem não está preparado para respeitar a dignidade dos demais. No entanto, o problema não está no individuo, mas no processo de correções impostas sobre ele por ocasião de seus crimes.

Nas condições, portanto, em que hoje se apresentam nossas penitenciarias, é difícil proporcionar direitos de protestos aos presidiários. Entretanto, uma legislação que visa o bem estar social, deve olhar com atenção para a formação dos detentos objetivando a construção de uma personalidade sadia e com os mesmos direitos de todos.Muito ouvimos falar sobre os direitos dos presidiários. Há entidades humanistas que enfatizam o valor da dignidade; há os discursos religiosos que pregam a igualdade sonhada pelos homens; mas como lidar com a situação dos direitos para todos na situação dos encarcerados, que lá estão por terem ferido a dignidade ou a liberdade de alguém?

A discussão que se desenvolve em torno do protesto de presidiários a favor de sua dignidade, vai além da forma de tratamento à qual estão eles submetidos. Tal discussão deve focar a finalidade do sistema prisional que parece ter perdido o controle sobre seus objetivos.

Há quem considere ainda nos tempos modernos (e não é a minoria) a antiga lei “olho por olho, dente por dente!”. Parece estar estagnada a evolução humana no quesito societário para dar margem ao crescente espírito individualista onde o que vale é o EU estar bem. A preocupação individual se disfarça numa medíocre legislação (que deveria favorecer o TODO) do “VIGIAR E PUNIR”, como diz Michel Foucault. Satisfazemo-nos em descobrir infratores e puni-los, sem considerar os condicionamentos sociais e psicológicos que formaram uma personalidade inapta ao convívio comunitário.

Infelizmente, por ocasião desta cultura construída, há grande dificuldade nos programas de inclusão social dos ex-detentos. O sistema prisional limita-se a punir. Eis a grande falha. É claro que nos sentiremos desconfortados com o protesto por dignidade de quem não está preparado para respeitar a dignidade dos demais. No entanto, o problema não está no individuo, mas no processo de correções impostas sobre ele por ocasião de seus crimes.

Nas condições, portanto, em que hoje se apresentam nossas penitenciarias, é difícil proporcionar direitos de protestos aos presidiários. Entretanto, uma legislação que visa o bem estar social, deve olhar com atenção para a formação dos detentos objetivando a construção de uma personalidade sadia e com os mesmos direitos de todos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Que lei é essa?

Era só o que me faltava mesmo: uma lei que permita a anarquia abertamente. Anarquia inicialmente liberada para manifestar-se nos lares e depois expandir-se para toda a sociedade. Me refiro à lei que acaba de ser aprovada quanto à punição dos pais que se utilizam das “palmadinhas” para cortar maus hábitos de seus filhos. Fácil estabelecer uma lei deste naipe quando não há preocupação com as escolhas que futuramente ele terá que fazer ou quando tudo se pode oferecer para um filho, quando todos os seus desejos imediatos podem ser realizados.

Parece que a intencionalidade aplicada nesta lei nem tanto se refere a deixar pais loucos com seus filhos autoritários e rebeldes, mas em deixar que esses mesmos filhos, futuramente “quebrem a cara” por não terem a consciência de que as escolhas exigem renúncias e até dores. Não estando preparados para as conseqüências negativas de suas escolhas, estarão facilmente sujeitos ao medo de agir. Se na infância, quando suas escolhas geraram a realização de uma vontade imediata, sucedidas por umas dolorosas palmadinhas, estará acostumado a lidar com os prazeres e as dores de sua escolha. Lá futuramente, quando optar por algo que exija a renuncia de outro algo, não bastarão palavras para consolá-lo das dores da ausência disso que lhe falta. Precisará cair. Quebrar a cara. Estará ele preparado para isso, sendo que sempre suas más escolhas receberam apenas reações verbais que entraram por um ouvido e saíram por outro?

Os psicólogos bem entendem que o aprendizado para certas questões exige certa maturidade. O hábito, porém, pode ser iniciado desde cedo. Habituar-se com a dor proveniente das escolhas é preparar alguém forte para os desafios da vida.

Não que eu seja a favor do espancamento. Sou a favor da “poda”. Os galhos que não estiverem dando bons frutos devem ser podados. Os atos que não servem para edificar uma personalidade saudável, devem ser cortados. Fale para uma árvore deixar de dar maus frutos! Não adianta. Tem que podá-la. Ah mais não podemos comparar crianças com árvores. Arvores não escutam! Sim. E as crianças, elas sempre escutam?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Penso, logo me realiza enquanto ser humano!

Será que a pedra se realiza enquanto pedra? Será que as plantas se realizam enquanto plantas? Será que os animais se realizam enquanto animais? Será que o ser humano se realiza enquanto ser humano?

No que se refere à realização de uma pedra, não muito podemos discorrer. A começar que não podemos nem dizer que ela se deixa modelar pelas intempéries do tempo. Ela não tem opção. Uma rocha que está, por exemplo, constantemente sob os impactos das ondas do mar: ela simplesmente está, independente de sua vontade, ou melhor, ela nem tem vontade, não tem vida. O fato de simplesmente estar sujeita às condições do tempo faz da pedra um ente realizado. É a forma mais simples de realização. E não é uma realização interior, consciente. Nem isso ela é capaz de experimentar. Apenas nós podemos dizer que ela se realiza, enquanto cumpre seu papel segundo a sua natureza bruta, conforme aquilo que lhe é dado a ser. Ela apenas está aí. Fico até meio receoso de dizer que ela se realiza por que para que isso acontecesse teria ela que ter consciência de suas possibilidades, no entanto, não tem. Vamos dizer então que ela apenas cumpre sempre muito bem o seu papel na natureza. Ela é aquilo que lha é dado a ser.

Passando para uma estrutura mais complexa, pensemos nas plantas. Agora já se trata de um ser vivo. Aristóteles confere já às plantas uma alma, muito elementar, mas que já torna este ser agente por si próprio. Uma pedra não se desenvolve. No entanto um ser constituído desta Elemental forma vital já tem capacidade para fecundar, germinar, alimentar-se, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer. Esta alma, chamada pelo filósofo de vegetativa, se encarrega de realizar o ser da planta. Como assim realizar? Podemos responder esta pergunta respondendo antes a esta outra: qual é o papel de uma planta na natureza? É vegetar! É simplesmente agir como alguém que está em estado vegetativo. Desempenhar suas funções biológicas apenas. Não é um ser consciente e deixa-se apenas conduzir pelas determinações naturais de sua respectiva espécie. Desta forma podemos também dizer que a planta se realiza enquanto cumpre com todas as possibilidades que lhe são dadas pela sua natureza, pela sua alma vegetativa.

Num animal, além da alma vegetativa, responsável pelos processos biológicos de sua organicidade corpórea, parece existir algo a mais do que isso. Percebemos que um animal, diferentemente de uma planta, pode se locomover, pode agir, pode sentir dor e prazer. Já é um ser muito mais complexo que as plantas. O que lhe possibilita tudo isso, é o que Aristóteles chamou de alma sensitiva. Um animal, além de cumprir com as possibilidades de seu desenvolvimento biológico (alma vegetativa), cumpre também com as possibilidades sensitivas. Ele as realiza plenamente. Nasce, cresce, se reproduz, envelhece e morre (condições oferecidas pela sua alma vegetativa), e sente dor, sente prazer, sente sabor, vê, cheira, sente calor e frio, confia e desconfia (alma sensitiva). Enfim, um animal se realiza enquanto cumpre com todas as possibilidades que lhe são dadas pela sua natureza, pela sua alma vegetativa e sensitiva.

E o ser humano se realiza enquanto ser humano? O que podemos dizer do ser humano quando fazendo uma análise do que ele se mostra na realidade? O ser humano cumpre com todas as suas possibilidades naturais? Vejamos. É evidente que o indivíduo humano nasce, cresce, se reproduz, envelhece e morre. Isso também faz uma planta e um animal. É evidente que um indivíduo humano se locomova, sinta calor ou frio, sinta dor ou prazer, amor ou ódio, sinta sabores e cheiros, vê, escuta. Isso também pode fazer um animal. Desempenhando todas essas funções, comuns também aos animais, pode o ser humano, desta forma, se realizar enquanto tal? Evidentemente que não. O ser humano foi presenteado com muitas outras possibilidades que lhe são exclusivas mediante a sua racionalidade, o seu pensar. O homem é portanto, um ser provido das almas responsáveis pelo seu desenvolvimento biológico (alma vegetativa), pelos seus sentidos (alma sensitiva), e pela sua capacidade de reflexão (alma intelectiva). Parece-nos que muitas pessoas não consideram sua característica propriamente humana de poder refletir sobre o mundo, e deixam-se guiar mais por suas paixões, emoções, instintos e desejos do que pela razão. Corremos o risco de colocarmo-nos no nível dos animais e “curtir” a vida na sua forma biológica e sensitiva, desconsiderando que a plena realização do ser humano está diretamente relacionada também à sua racionalidade. Porque que não nos esforçamos por viver como seres humanos e nos contentamos com nossas paixões? Por que será que nos satisfazemos em viver no nível dos animais enquanto estes não se satisfazem em viver como as plantas?

Sei lá. Só sei que isso confere. Esses dias mesmo uma senhora me questionava. Dizia ela: “ahhh você tem que ser feliz!!” Aí eu perguntei qual era a sua concepção de felicidade e ela me disse: “ah é ‘TUDO’!” Poxa, que resposta convincente. Quis saber mais sobre esse “tudo” que ela se referiu e escaparam-lhe de sua boca as palavras “sexo”, “beber”, “comer”, “dinheiro”. Ou seja, felicidade = tudo = sexo + comida e bebida + dinheiro. Bem humano não? Seguindo o raciocínio dela, ser feliz é fazer “tudo” isso, não passar do nível animal. Nem sequer mencionou o fato de “pensar” como algo que possa realizar o ser humano enquanto tal. Enfim, recebemos um presente, o qual temos preguiça de utilizar. E essa preguiça nos impede de nos realizarmos plenamente, isto é, de aproveitar tudo aquilo que somos capazes de fazer: desenvolver, sentir e raciocinar.

domingo, 7 de março de 2010

Ocasião especial



Era com muita dor que aquele homem retirava do guarda roupas um frasco de perfume francês com o qual presenteara
sua esposa quando da sua última viagem ao exterior.
Isto, disse ele, é uma das coisas que ela estava guardando para uma ocasião especial.
Bem, acho que agora é a ocasião, falou demonstrando profunda amargura.
Segurou o frasco com carinho e colocou-o na cama junto com os demais objetos que havia separado para levar à funerária.
Olhou consternado para os pertences guardados, fechou a porta do armário, virou-se para os demais familiares que
estavam com ele e disse-lhes com voz embargada:
"Nunca guardem nada para uma ocasião especial, já que podemos criar a cada dia uma ocasião muito especial."
Independente do valor e do significado dos objetos, muitos de nós temos os nossos guardados para ocasiões
especiais.
São as peças presenteadas por ocasião do casamento, roupas adquiridas para esse fim, salas reservadas para essas
circunstâncias.
Alguns de nós chegamos a ficar neuróticos só de pensar em deixar os filhos brincar na sala de visitas, pois temos
que preservá-la intacta para uma ocasião especial, para receber visitas especiais, como se eles não o fossem.
São todas essas coisas que perdem totalmente o valor quando a ocasião especial é a do funeral de um ente querido.
Um filho que se vai, sem que o tenhamos deixado tomar café naquela xícara rara que herdamos da nossa bisavó.
O esposo que se despede sem poder contemplar a esposa vestindo a lingerie nova que lhe deu de presente no último
aniversário de casamento.
No campo dos sentimentos também costumamos fazer as nossas economias para ocasiões especiais.
É aquela frase mágica que estamos guardando para dizer num dia muito especial...
Uma declaração de amor que estamos preparando para dizer quando as circunstâncias forem propícias...
Um gesto de carinho que evitamos hoje, por julgar que a pessoa ainda não está preparada para receber.
Um pedido de perdão que estamos adiando para um dia que nunca chega...
A carta a um amigo que não vemos há tempos, pedindo notícias.
A conversa amistosa com alguém que nos considera um inimigo, a fim de esclarecer dúvidas e resolver pendências,
enquanto estamos a caminho, como aconselhou Jesus.
Enfim, pensemos que cada dia, é um dia especial.
Cada hora é uma hora muito especial...
Cada segundo é um tempo especial para se criar uma ocasião perfeita e fazer tudo o que deve ser feito.
Não vale a pena economizar as coisas boas.
É preciso viver intensamente cada fração de tempo que Deus nos permite estar em contado com as pessoas que
nos rodeiam.
As palavras de carinho que deixamos de dizer...
As promessas que deixamos de cumprir... As flores que deixamos de ofertar...
A mensagem de esperança que não espalhamos...
De tudo isso poderemos nos arrepender amargamente quando, numa ocasião especial, estivermos partindo deste
mundo, ou nos despedindo de alguém que parte. Pense nisso!

Pe. Marcelo Rossi

Obrigado Fernanda pela indicação

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Eu fui para o Japão SÓ com a força do Pensar?????

Estes dias, durante a aula do Professor Luiz Carlos Berri, comecei a ensimesmar-me na questão da corporeidade do homem. Sendo provido de corpo próprio o ser humano se limita espacialmente a ocupar apenas locais determinados pela sua localização física entre os seres corpóreos que o circundam. Eu disse “espacialmente”, porque mentalmente podemos ir muito longe. Por quÊ????

Este texto foi inspirado pelo comentário de um companheiro de turma que dizia: “Meu! Tô longe longe, lá no ‘Paint Ball’!” (aê Mir). Este seu comentário proferido me trouxe à superfície a música do Cidade Negra intitulada “Pensamento”.

Se quiser escutá-la, clique no seguinte link: http://letras.terra.com.br/cidade-negra/45286/

Ou se preferir, aqui vai a letra:

Pensamento

Cidade Negra

Composição: Ras Bernardo / Lazão / Da Gama / Bino


Você precisa saber
O que passa aqui dentro
Eu vou falar pra você
Você vai entender
A força de um pensamento
Pra nunca mais esquecer

Pensamento é um momento
Que nos leva a emoção
Pensamento positivo
Que faz bem ao coração
O mal não
O mal não

Sempre que para você chegar
Terá que atravessar
A fronteira do pensar
A fronteira do pensar

E o pensamento é o fundamento
Eu ganho o mundo sem sair do lugar
Eu fui para o Japão
Com a força do pensar
Passei pelas ruínas
E parei no Canadá
Subi o Himalaia
Pra no alto cantar
Com a imaginação que faz
Você viajar, todo mundo

Estou sem lenço e o documento
Meu passaporte é visto em todo lugar
Acorda meu Brasil com o lado bom de pensar
Detone o pesadelo pois o bom
Ainda virá

Você precisa saber
O que passa aqui dentro
Eu vou falar pra você
Você vai entender
A força de um pensamento
Pra nunca mais esquecer

Custe o tempo que custar
Que esse dia virá
Nunca pense em desistir, não
Te aconselho a prosseguir

O tempo voa rapaz.
Pegue seu sonho rapaz
A melhor hora e o momento
É você quem faz
Recitem
Poesias e palavras de um rei
Faça por onde que eu te ajudarei


Nos interessa, para este texto, recolher o trecho da música que diz “o pensamento é o fundamento, Eu ganho o mundo sem sair do lugar. Eu fui para o Japão Com a força do pensar, Passei pelas ruínas E parei no Canadá. Subi o Himalaia Pra no alto cantar, Com a imaginação que faz Você viajar”. Quantas vezes nos acontece isso num mesmo dia? Muitas. Por sorte, temos um pensamento muito bem educado, senão, a reação dele contra o nosso corpo,seria a mesma de uma criança que é impedida pelos pais de ir sozinha ao centro da cidade (quando isto lha é um grande sonho).


Depois de ter recordado desta musica, tentei Degustar-me, por um instante, em imaginar-me desprovido deste meu corpo-próprio (aquelas viajadas típicas de aula de filosofia). Pensei na possibilidade de ser eu, unicamente meu pensamento, sem essa coisa pesada que me impede de voar (voar era meu sonho infantil) e chegar a lugares incríveis como que num toque de mágica. Sabe a quê conclusão que eu cheguei? QUE SEM GRAÇA QUE SERIA! Não conseguiria me relacionar com nada. Ninguém me viria e eu nem sequer conseguiria tocar nas coisas que tanto me encantariam. “Tá, mas... ... ... ... ... ... ...” (RIEG, Rubens) eu já fiz a experiência de tocar, olhar, cheirar, ouvir, e degustar um montante de coisas da natureza! O pensamento não seria capaz de reconstruir estas sensações mesmo desprovido da matéria? Sim, seria, desde que antes o pensamento existisse no corpo sensitivo. Ou seja, estas viajadas que damos durante as aulas, até que são interessantes por que nos fazem retornar a fatos que já vivemos (fossem eles bons, ruins, prazerosos ou doloridos) e que, podem ser, por isso, reproduzidos pelo nosso pensamento.

Pense numa MAÇÃ! Você consegue fazer isso? Claro que sim. Seu pensamento consegue reproduzir a maçã porque seu corpo já fez a experiência de uma maçã. Quem sabe até consiga reproduzir a sensação do cheiro e do sabor de uma maçã.

Agora pense num CARINGALTONTO! Você consegue fazer isso? Seu pensamento está buscando, neste momento, por um arquivo com esse nome para tentar exibí-lo. 1 segundo, 2 segundos, 3 segundos,... 4, 5, 6, 7, 8, 9,10, 11, 12, ... ... ... e depois de algum tempo vc recebe a seguinte resposta: A pesquisa foi concluída; não há resultados a serem exibidos. Essa palavra eu inventei agora e por isso seu corpo nunca sofreu às categorias de algo que se chamasse caringaltonto. Logo, seu pensamento não consegue reproduzi-lo.

Desta forma, não poderíamos imaginar aquela música acima sem considerar a corporeidade do homem. O pensamento do homem só consegue ir para o Japão se o seu referido corpo já viu pela TV ou leu algo sobre este país, ou se ele já esteve alguma vez no país ou está atualmente nesse país. O autor foi muito feliz ao pressupor a existência do corpo dizendo que ganhou o mundo sem sair do lugar. Sem que SEU CORPO saísse do lugar ele foi para o Japão. Isto é possível. Agora, troquemos Japão por Caringaltonto. Ficaria: Eu fui para Caringaltonto com a força do pensar. Vc consegue ir para lá em pensamento? Conseguiria, após um certo tempo, se você se dispusesse a criar um país imaginário com esse nome. Mas o que vc colocaria nesse país? Um conjunto de coisas que você já experienciou em diversos lugares.

Nossa imaginação não cria, apenas recria combinações diferentes com o que temos arquivado em nossa memória. O CORPO É EXTREMAMENTE NECESSÁRIO PARA UMA IMAGINAÇÃO FÉRTIL. O pensamento só age mediante as experiências adquiridas.

Temos, portanto, uma limitação espacial que nos é imposta pelo corpo. Mas, sem ele (o corpo), não existiriam no nosso pensamento fatos a serem reproduzidos pela imaginação.

Ainda em fase de elaboração, este texto se trata de um ensaio sobre a possibilidade de um pensamento fora do corpo. Ainda não sei como resolver o problema de DEUS nesta relação corpo-pensamento, pois Deus é apenas pensamento. Será que com a afirmação - “ Deus não existe. Deus É!” – eu consigo resolver este problema?

ME AJUDEM, POR FAVOR!!!!!!!!!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Por que não se deve confiar no Wikipédia?

Atenção estudantes que costumam se utilizar dos seguintes instrumentos para sua pesquisa: "Wikipédia" e "ctrl c + ctrl v"

Com estes instrumentos e mais uma pitada de distração vc pode tornar seu trabalho de pesquisa escolar ou universitário em uma piada.
Digamos que seu professor sugira uma pesquisa sobre o Vale Europeu e, você, dentre outras cidades é selecionado a pesquisar mais especificamente sobre a cidade de Brusque- SC. Sou também estudante e sei da correria do dia-a-dia que toma todo o nosso tempo, nos impedindo de nos debruçarmos sobre nossos "deveres de casa". Nessa situação geralmente abriríamos a página do GOOGLE e digitaríamos B R U S Q U E. A primeira página que apareceria... qual será???? ahamm essa mesmo. "WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre" (kkkkkkkkkkkkkkkkkkk) perdão, não me contive.
Como todo brasileiro nato, deixamos para fazer esta pesquisa na madrugada do mesmo dia da apresentação do trabalho. E nesse cansaço, ao percebermos aquele link atraente da ENCICLOPÉDIA LIVRE, pensamos: Ahhhh, vai esse mesmo!
Acessamos a pagina e dê-lhe "ctrl+c" e em seguida, Tendo, com muito sacrifício, feito a capa e olha lá a introdução, folha de rosto e taletal, "ctrol+v" no word. Se tiver precisando ainda de muita, mas muita nota, vai tirar os links dos textos e aquele italicozinho típico da referida enciclopédia.

Chegada a hora de apresentar a cidade de Brusque para seus colegas da turma, confira a fiasqueira que vc faria. Seria considerado um bom piadista, mas provavelmente não alcansaria a tão almejada nota.


Claro que este artigo se apresenta exacerbadamente impróprio para a apresentação da cidade, ficando limitado a publicação em apenas uma sátira do Wikipédia.

Mas quero alertar, por meio desta satira, quando ao cuidado que devemos ter quando vamos "FAZER" nossos trabalhos de pesquisa. Se vamos "FAZER", vamos "FAZER" bem "FEITO".

AHH e parabéns pra quem criou este artigo pelo senso de humor e pela criatividade.

Filé Mignon de Boi ou de vaca? / entre outros furos

Sabe quando você vai a um restaurante com aquele enorme desejo de saborear uma deliciosa carne? Pois eh. Você já se preocupou alguma vez em escolher entre um filé Mignon de vaca e um de boi? Seria conveniente armar um "barraco" com o garçon se ele não soubesse especificar o gênero do bovino que estaria a lhe servir? hmmmmmm Acredito que o Sr. Luiz Carlos Prates consideraria conveniente fomentar uma tempestade criada neste copo d'água.

No DC (Diário Catarinense) desta quarta-feira, 17 de Fevereiro de 2010, o Sr. Prates julgou ser legal "mandar ao raio que os partam os NAUSEABUNDOS livros religiosos que só enfatizam o homem" onde "tudo é homem...".

Nosso professor, pelo qual tenho muito respeito, o Dr. Adilson Colombi, sempre arruma também uma encrenquinha com aqueles que tendem a generalizar a raça humana no conceito "HOMEM". Ele, assim como o Sr. Prates do DC, argumentam ser incabível esta correspondência afirmando que "homem é homem e mulher é mulher". Quando se pede um filé mignon de boi, se pede especificamente um filé de boi entendido como bovino macho e não de vaca (segundo eles). SERÁ?

Sei lá. Na dúvida, recorri a um dos mais bem conceituados dicionários da língua portuguesa. Ao encontrar no dicionário a palavra "BOI", ali o "Seu" Aurélio Buarque de Holanda Ferreira me disse que esse termo é um substantivo masculino que se refere a "Bovídeo doméstico, de chifres ocos, não ramificados." Ok. Pra ir mais a fundo fui verificar qual classe de animais abrangia o termo "bovídeo". Novamente se trata de um substantivo masculino que "Diz-se de, ou espéci-me (sic) dos bovídeos, família de mamíferos ruminantes, herbívoros, ungulados, providos de chifres; são os bois, antílopes, gazelas, ovelhas e cabras." UÉ???? E AS VACAS? NÃO SÃO BOVÍDEOS??? SOMENTE OS BOIS, ANTÍLOPES, GAZELAS, OVELHAS E CABRAS COMPÕE ESTA CLASSE???????????

AGORA VEM O PIORRRRRRRR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sr. Luiz Carlos Prates, naquela foto com uma expressão ditatorial, deve, desta forma, conseguir impor aos seus leitores e ouvintes de suas palestras muito do que ele "ACHA" correto. Aliás, o considero ainda muito ousado em taxar o senhor Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (que Deus o tenha) de "TROUXA" ao afirmar em seu dicionário que o termo "homem" designa:

1. Qualquer indivíduo de uma espécie animal de mamíferos bípedes, simiiformes, mas com grande desenvolvimento cerebral, capacidade de fala e raciocínio; ser humano;



2. A espécie humana; a humanidade.



... e somente no terceiro ponto...

3. Ser humano do sexo masculino; varão.

Será que o Sr. Aurélio é um trouxa machista ou é o Sr. Prates que não considera que as mulheres se enquadram na classificação de “espécie animal provida de grande desenvolvimento cerebral, capacidade de fala e raciocínio”?

Éhhh! E foi realmente esta expressão: T R O U X A. Como pode um dicionário deste naipe ser considerado bom, não é Sr. Prates? Um dicionário elaborado por um “TROUXA” está classificados entre os melhores do BRASIL, concorrendo a primeira posição apenas com o HOUAISS. Isso só pode ser no BRASIL mesmo!! Ou será que o elaborador do Dicionário AURÉLIO era um fanático religioso querendo defender seus “...NAUSEABUNDOS livros religiosos...”?

Se eu visse hoje o Senhor Aurélio na minha frente seguiria o conselho do Sr. Prates e lhe proferiria o seguinte insulto: “Deixe de ser estulto, Sr. Ferreira, homem é homem, mulher é mulher!”

B r i n c a d e i r i n h a a a a. Jamais faria isso. Considero muito mais a avaliação dos letrados de nossa nação do que o “achismo” de um editor do DC. Me perdoe Sr. Prates, mas esta é a minha avaliação quanto a esta primeira parte do seu artigo de quarta feira (17/02/2010)

Agora vamos à segunda parte do artigo do Sr. Prates, o qual parece ser o foco do seu objetivo (já que a primeira parte parece mais um “encher de lingüiça” pra ocupar aquele cantinho).

Depois de condenar o Dicionário do Sr. Aurélio, o Sr. Prates vem dizer que, por estarmos inseridos numa determinada sociedade, nossa subjetividade deve ser descartada, aniquilada e estuprada pelas estatísticas. Você, moça, que sonha em se casar e construir um grande amor pra toda a vida, não se iluda. Todos estes seus sonhos e planos devem ser descartados porque as estatísticas dizem que “os casamentos brasileiros estão durando, na média, 12 anos. E isso o Rio Grande do Sul. Do Rio Grande para cima, duram menos...”

Atenção mulheres!!! O Sr. Prates adverte. Não confiem em vocês mesmas! Não confiem no amor que há em vocês! Não confiem na sua personalidade! “Não confiem na sorte!”

CONFIEM APENAS NAS ESTATÍSTICAS!!!!!!!

Não queiram ser vocês mesmas. Deixem que a ESTRUTURA as modelem.

ATENÇÃO: Este é o conselho do ESTRUTURALISTA LUIZ CARLOS PRATES.

Eu sugiro que não o sigam, ou melhor, que sigam o conselho do apóstolo PAULO no seu “NAUSEABUNDO” livro aos Coríntios (13, 1-8) onde fala de um amor que não cessa, de um amor que tem fundamento e por isso não se abala com qualquer ventinho, um amor que é paciente e que, sem o qual, todos viveriam como o Sr. Prates.

Não vamos deixar que as estatísticas modelem nossos sonhos. Vamos criar personalidade própria! Vamos valorizar a nossa pessoa! Vamos nos deixar modelar por este amor sugerido por Paulo e vamos modelar a sociedade, configurando-a com o nosso jeito de ser.

Não tenham medo, esposas. As estatísticas não falam nada sobre quanto tempo vai durar seu casamento. O que existe é pessoas fundamentalistas querendo se utilizar destas estatísticas para acabar com seu sonho de ser feliz.

LAMENTO SR. PRATES.

Reginaldo Pereira de Almeida